Dia Nacional de Luta: “denunciar o caráter antitrabalho e antieducação” do patronato da educação

Em várias partes do País, os sindicatos promoveram mobilizações e manifestações para chamar a atenção para a “agonia” porque passa o ensino superior privado brasileiro

Neste 17 de agosto, os sindicatos que compõem a base da Contee, em nível nacional, promoveram o “Dia Nacional de Mobilização e Luta dos/as trabalhadores/as da educação privada!”.

Essa mobilização da categoria, segundo o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis vai servir para “denunciar o caráter retrogrado, o caráter conservador e o caráter antitrabalho e antieducação de grande parte dos empresários da educação em nosso País.”

Assim, em várias partes do País, os sindicatos promoveram mobilizações e manifestações para chamar a atenção para a “agonia” porque passa o ensino superior privado brasileiro.

Luta por direitos e regulamentações

Essas mobilizações, ainda segundo o coordenador-geral da Contee, fazem parte “da luta permanente realizada pelos sindicatos em todo o Brasil”. “O que temos visto ao longo deste ano e dos anos anteriores é falta de respeito das instituições de educação privada em relação às nossas convenções coletivas e os acordos coletivos”, destacou Reis.

“Queremos debater a questão da regulamentação do EaD (Ensino a Distância) no Brasil. Hoje essa modalidade de ensino “presenta 54% das matrículas do ensino superior privado em todo o País”, criticou.

Manifesto da Contee

Em diversas cidades, entidades da base da Contee se mobilizaram, com carro de som na porta de escolas, faculdades e universidades, panfletagem e divulgação do manifesto da Contee.

Em Brasília, representantes da Contee, do Sinproep-DF e do Saep-DF se manifestaram em frente ao MEC (Ministério da Educação). Houve panfletagem na Rodoviária de Brasília.

No Rio de Janeiro, o Sinpro-Rio organizou ato no Largo do Machado, unindo a mobilização deste o Dia Nacional de Luta à campanha “Mais trabalho e menos salário? Assim não dá!”, lançada pelo sindicato.

São Paulo

No estado de São Paulo, as entidades da base da Fepesp realizaram assembleia. Segundo a Federação, as negociações não avançam, e persiste o impasse. Assim, a assembleia vai apontar os rumos a tomar diante dessa situação.

Intransigente, as empresas disseram “não”, novamente, à reivindicação de reposição das perdas inflacionárias em salários de professores e pessoal administrativo no ensino superior na sessão de negociação da última quarta-feira (10).

“Eles mantem o impasse nesta negociação”, resume Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação dos sindicatos integrantes da Fepesp. “Recusam reajuste, recusam discutir as novas condições de trabalho criadas pela ampliação do [EaD] ensino a distância, recusam mediação. Não dá para ficar desse jeito”, disse.

Deflagração de greve

Nas assembleias, professores e pessoal administrativo no ensino superior privado votaram por deflagração de greve diante do fracasso das negociações para a renovação da sua convenção coletiva e recusa das mantenedoras em reajustar salários pelo índice da inflação.

Pela votação das assembleias, a greve será deflagrada a partir de 5 de setembro.

Veja no vídeo o chamamento para as mobilizações desta quarta-feira:

Marcos Verlaine

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