Contee participa de ato político em homenagem aos militantes que lutaram contra a ditadura

Após instaurar, na última semana, a Comissão da Verdade dos Trabalhadores em Educação do Setor Privado de Ensino, a Contee foi ontem (2) um dos atores políticos que tomaram o Teatro da Universidade Católica (Tuca), em São Paulo, numa grande homenagem aos milhares de militantes que durante os 21 anos de ditadura militar resistiram e enfrentaram a opressão em prol da liberdade e da justiça. A Confederação foi representada por sua coordenadora-geral, Madalena Guasco Peixoto, que, além de professora da PUC, onde foi realizado o ato, é também personagem de luta contra o regime, como resgatado no calendário lançado pela Contee e no programa especial da TV Contee, ambos dedicados a refletir sobre o importante papel das mulheres no combate à ditadura.

Durante o ato de ontem, também foi inaugurado o monumento Nunca Mais, em homenagem aos mortos e desaparecidos no período de 1964 a 1985. Além de homenagear a resistência, as mais de 600 pessoas que lotaram o Tuca – espaço extremamente simbólico, por ter sido destruído pelos militares em 1977 diante de centenas de estudantes – exigiram abertura dos arquivos da ditadura militar, a identificação e punição dos torturadores, o esclarecimento da morte dos desaparecidos políticos e a revisão da Lei de Anistia, que atualmente protege os criminosos deste período. Direito à memória, liberdade e justiça foi a pauta que unificou os movimentos sociais, partidos políticos, artistas, intelectuais e ativistas dos direitos humanos presentes.

Apresentado pelo ator e militante político Sérgio Mamberti, a atividade começou justamente homenageando os alunos e professores da PUC – entre os quais Madalena – que no período da ditadura militar resistiram e lutaram por liberdade. Para emoção do público, foi feita a transmissão do histórico discurso do presidente João Goulart na Central do Brasil em 13 de março de 1964, quando foram anunciadas as reformas de base. Foi feita ainda uma homenagem aos artistas de resistência, entre os quais marcou presença o poeta amazonense Thiago de Mello, além de um ato em honra de Dom Evaristo Arns e de uma apresentação do coral Martin Luther King, que instigou o público a se levantar e cantar, com o punho esquerdo cerrado, a Internacional.

Da redação, com informações do Portal Vermelho
Foto da home: Rede Brasil Atual

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