Contee participa de plenária do FNDC em defesa de uma mídia democrática

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A estratégia para divulgar e coletar assinaturas em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações (PlipCom) foi o debate principal da primeira plenária de 2014 do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), realizada ontem (7) em São Paulo. A coordenadora da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Cristina de Castro, representou a Confederação, ao lado dos representantes de outras 26 organizações e entidades de nove estados brasileiros, em defesa da campanha Para Expressar a Liberdade. Também marcou presença o segundo vice-presidente do Sinpro Minas, Marco Eliel Santos de Carvalho, representando o sindicato, que compõe o fórum estadual.

O PlipCom precisa de 1,3 milhão de assinaturas para ser apresentado ao Congresso Nacional. Por isso, entre fevereiro e abril, as entidades que integram a campanha irão promover caravanas da democratização da comunicação e cursos de formação por todo o Brasil. Também serão lançados comitês da campanha nos estados onde ainda não existem. Além disso, as organizações assumiram o compromisso de promover ações de coleta de assinaturas ao longo de 2014 e discutiram a necessidade da campanha caminhar ao lado de outras agendas comuns, como o Plebiscito pela Constituinte da Reforma Política.

Em sua intervenção, a coordenadora da Secretaria de Comunicação Social da Contee relatou as ações desenvolvidas pela Confederação para incentivar a coleta de assinaturas pelas entidades filiadas e a categoria de trabalhadores em educação do setor privado. Cristina informou que o stand da Contee na II Conferência Nacional de Educação (Conae) seria um ponto de recolhimento de subscrições de apoio ao PlipCom, mas ressaltou que este foi mais um prejuízo provocado pelo adiamento unilateral na Conae pelo Ministério da Educação.

A diretora da Contee também convidou todas as organizações e entidades presentes na plenária para participarem da atividade que será realizada pela Confederação, no dia 28 de março, sobre o papel das mulheres no enfrentamento à ditadura militar, a fim de marcar tanto as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de março, quanto as reflexões sobre os 50 anos do golpe de 1964, que se completam no dia 1º de abril. No evento também será lançada a Comissão da Verdade que fará o levantamento e produzirá material específico sobre os torturados e perseguidos pelo regime militar que trabalhavam nos estabelecimentos privados de ensino. 

Abertura para o debate

20140207_190123-1Durante a plenária, a coordenadora do FNDC, Rosane Bertotti, enfatizou a importância de um amplo debate sobre o PlipCom ter ido às ruas, mesmo sem contemplar integralmente todas as organizações. No entanto, ela destacou que é imprescindível ampliar a mobilização para alcançar o número de assinaturas exigido pelo Congresso.

Por sua vez, o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, salientou que o tema ganhou projeção no mundo por meio de medidas como a assinatura, na Inglaterra de uma lei mais rígida para os veículos impressos, a qual garante obrigações como o direito de resposta, bem como a regulamentação dos meios em países vizinhos, como Argentina e Equador. Ele ponderou ainda que a radicalização do discurso da mídia brasileira neste ano de eleições e Copa do Mundo colocará a discussão sobre a necessidade de democratização ainda mais em evidência, o que contribuirá para a defesa do PlipCom.

Da redação, com informações do FNDC e da CUT
Foto: Roberto Parizotti/CUT

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