Cresce movimento contra demissões de professores e corte de aulas na FMU

A cada dia aumentam as reações contra a decisão unilateral e autoritária da FMU de cortar 25% das aulas e demitir em massa. A rápida ação do SinproSP em reunir os professores numa assembleia e a decisão unânime pela greve contribuíram para ampliar as denúncias e os protestos. Confira aqui os principais desdobramentos da semana:

Professores em greve

Professores da FMU atenderam a uma convocação do SinproSP e lotaram o auditório do Sindicato, dia 03/07, para discutir estratégias de ação. Por unanimidade, a assembleia aprovou greve no retorno às aulas, caso a FMU não se disponha a voltar atrás nas medidas.

Com autorização da assembleia, o SinproSP ingressou com ação no Tribunal Regional de Trabalho, pedindo o cancelamento das demissões e a suspensão da reestruturação curricular. A data da primeira audiência não está definida, mas deve ocorrer ainda em julho.

Protesto dos alunos

Mesmo nas férias, estudantes da FMU têm se organizado contra as mudanças. “Estão tirando matérias essenciais (…), além de juntar algumas [disciplinas], transformando-as numa só”, reclama um (ou um ) aluno de Fonoaudiologia no site Reclame Aqui, em maio último.

Um abaixo-assinado está circulando e já conta com 7 mil assinaturas. No dia 15, os estudantes sairão em passeata da Praça da Sé até a Liberdade.

Câmara dos Deputados

O deputado federal Orlando Silva (PCdo B) protestou no plenário da Câmara, dia 04/07, contra as mudanças na FMU. “Há um risco iminente para os estudantes e uma sob estudantes porque haverá uma sobrecarga de trabalho para os professores que continuam na instituição”, afirmou o parlamentar.

O parlamentar também obteve a criação de uma comissão externa para realizar uma diligência emergencial por violação dos direitos dos trabalhadores. Além do deputado Orlando Silva, a Comissão será integrada pelos deputados Vicentinho (PT/SP) e Roberto de Lucena (PV/SP).

Assembleia Legislativa de São Paulo

No Plenário, o deputado estadual Carlos Giannazi criticou o desmonte acadêmico na FMU e propôs a criação de uma CPI para investigar a integração de instituições de ensino superior por grandes fundos estrangeiros de investimento.

Giannazi cobrou providências da Secretaria de Educação do Estado e também enviou ofícios à Procuradoria Geral do Estado e ao Procurador Chefe da República em SP pedindo abertura de inquérito para investigar o ‘estelionato educacional promovido pela FMU. Uma audiência pública está marcada para o dia 11 de agosto, 19h.

Do Sinpro-SP

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