Diretora da Contee participa de encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação

Vestida com a camiseta da campanha “Apagar o professor é apagar o futuro”, a coordenadora da Secretaria de Defesa dos Direitos de Gênero e LGBTT da Contee, Gisele Vargas, está Minas Gerais participando do encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação, dentro da XI Conferência Regional da Internacional da Educação para a América Latina (Ieal). A atividade teve sua abertura hoje (13), com a exposição “Mulher, política e poder”, ministrada pela ex-ministra de Políticas para as Mulheres da Presidência no governo da presidenta Dilma Rousseff, Eleonora Menecucci, e mediada pela secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fátima Silva.

Falando para dirigentes sindicais de 14 países da América Latina, representantes de sindicatos da educação dos Estados Unidos, Suécia e Noruega, além das mulheres das entidades sindicais de todos estados brasileiros, a ex-ministra defendeu que a gestão solidária é a esperança para o Brasil superar a crise imposta pelos golpistas e suas políticas neoliberais de retirada de direitos sociais.

“Hoje são mais de 14 milhões de desempregados no país, sendo cerca de 60% são mulheres. Por isso, temos que ocupar as ruas, os espaços culturais e as praças para manifestar nossa revolta. Não podemos ter medo e ficar paralisados. Temos que reagir”, ressaltou Eleonora. “Cabe à juventude manter a luta e reinventar uma nova forma de fazer política. Temos que implantar a gestão da solidariedade para contrapor a pregação do mercado que diz que as pessoas devem ser gestores de si mesmas, atuando sozinhas. Temos que gerir com foco no coletivo e construir a esperança.”

Já a diretora da Contee destacou a necessidade de lutar pela maior participação das mulheres da vida política e pública. “Não há uma proibição à participação das mulheres na vida política e na vida sindical. A própria Constituição estabelece que todos somos iguais, que se traduz no princípio da igualdade. Contudo, a participação igualitária da mulher nesses espaços não se reflete, pois, culturalmente a mulher é tida como inapta, inferior para a vida pública”, observou Gisele. “Basta, também, olharmos para o número de mulheres na escala hierárquica das escolas e universidades. Quanto mais acima, menos mulheres há.”

Daí a importância de encontros como o da Rede de Trabalhadoras, que, nesta segunda-feira, ainda debateu a privatização e o comércio educativo e o empoderamento político sindical a mulher. Amanhã (14) as discussões serão, mais uma vez, sobre “Mulher, política e poder”, além de laicidade, direitos sexuais e reprodutivos — tema na ordem do dia no Brasil com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181, que proíbe o aborto até em caso de estupro — e qual deve ser o futuro da Rede de Trabalhadoras da Educação em sua organização e na América Latina.

Por Táscia Souza, com informações da CNTE
Fotos: Jordana Mercado

 

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