E vem lá de Minas Gerais: Sinpro Minas convoca paralisação para o dia 13 de maio

Os professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região vão paralisar as atividades nesta terça-feira (13/5). No mesmo dia, a categoria faz assembleia na Associação Médica de Minas Gerais (Av. João Pinheiro, 161 – Centro – BH), às 9 horas, para discutir o rumo do movimento.

Em assembleia do dia 30 de maio, os professores reafirmaram a reivindicação da categoria, de reajuste de no mínimo 10%, entre outras propostas que valorizam a profissão docente.

Os donos de escolas ofereceram, no entanto, um reajuste de apenas 6,02%, o que representa 0,55% acima da inflação medida pelo INPC (5,62%), e se recusaram a discutir as outras reivindicações dos professores. “O ganho real aplicado no piso salarial do ensino infantil correspondente a seis centavos de aumento, o que dá pra comprar seis palitos de fósforos”, calcula o professor Newton de Souza, diretor do Sinpro Minas.

Para o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, o setor está em expansão, e o cenário econômico permite que as reivindicações dos professores sejam atendidas. “Com o aumento da renda de boa parte da população, tem ocorrido a migração de alunos para as escolas particulares”, aponta.

Dados divulgados recentemente pelo jornal Valor Econômico (23/4) confirmam essa expansão. Nos últimos cinco anos, as escolas particulares ganharam 302 mil alunos por ano. No mesmo período, a participação do setor privado na educação básica passou de 13,9% para 17,2%. Os números são do Censo da Educação Básica, produzido pelo Ministério da Educação.

“Houve um reajuste nas mensalidades em torno de 83% nos últimos cinco anos, sendo 32% acima da inflação, ou seja, um lucro extraordinário. Além disso, as escolas aumentaram as mensalidades deste ano em até 12%, enquanto os professores adoecem ou abandonam a profissão”, critica Gilson Reis. “Vamos paralisar as atividades para pressionar os donos de escolas a respeitarem e valorizarem os professores. Sem valorizá-los, não teremos uma educação de qualidade, transformadora”, afirma.

De acordo com o diretor Newton de Souza, a falta de condições de trabalho e os baixos salários estão afastando os jovens da carreira docente. “Nossa luta ganha um tom até patriótico, de busca de redenção de nossa profissão, ou ela vai acabar. Hoje há apenas 3% dos estudantes nas licenciaturas. Essa procura caiu 60% nos últimos anos por causa dos baixos salários e do excesso de cobranças”, afirma.

·SEM VALORIZAR OS PROFESSORES, A EDUCAÇÃO PARA.

CAMPANHA REIVINDICATÓRIA 2014

Assembleia com paralisação das atividades

13 de maio (terça-feira)

Local: Associação Médica de Minas Gerais (Av. João Pinheiro, 161 – Centro – BH)

Horário: 9 horas

Do Sinpro Minas

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