Eleita a nova diretoria do Sinpro Pernambuco

A Chapa 1 – Movimento Renovação e Luta CTB-Educação foi eleita nesta quarta-feira (26) à direção do Sindicato dos Professores de Pernambuco. Após a apuração dos votos coletados nas 50 urnas presentes em todo estado constatou-se que, dos 3.917 professores votantes, 3.840 votaram pela Chapa 1. Brancos e nulos somam o total de 77 votos.

A nova direção do sindicato não é apenas composta por novos membros, mas também por parte da direção anterior que permanece na luta. O presidente eleito, Jackson Bezerra, avalia que o sindicato passa por um novo momento, pois essa direção se consolidou não apenas por defender o interesse da categoria, mas de toda a classe trabalhadora.

De acordo com presidente, o Movimento Renovação e Luta CTB-Educação defende que a entidade sindical incorpore no cotidiano de suas ações políticas a luta pela concretização de um novo projeto de desenvolvimento para o país.

“A construção da chapa única demonstrou a unidade da categoria em torno da luta pela educação com qualidade e comprometida com o desenvolvimento do nosso país. O desafio dessa nova gestão é garantir melhores condições de trabalho, valorização profissional, além de lutar contra a informalidade e sonegação de impostos por parte das instituições de ensino privado, bem como enfrentar e combater os desvios dos recursos na educação pública” afirmou Jackson.

Esse processo eleitoral também foi marcado por repressão aos professores da rede privada de ensino que tiveram seu direito ao voto negado, o que atinge diretamente à organização dos trabalhadores e a autonomia sindical. Em lamentável demonstração de autoritarismo, algumas instituições de ensino proibiram a entrada das urnas em seus estabelecimentos. A direção do Sinpro Pernambuco pediu a intervenção do Ministério do Trabalho e Emprego para garantir o direito do professor.

Acompanhe as propostas da Chapa 1:

Gênero e Etnia: Promover ações de combate à violência e à intolerância racial, de gênero e de orientação sexual no mundo do trabalho, sobretudo no ambiente escolar; exigir políticas públicas de orientação e proteção para as mulheres, negros e negras e LGBTs; garantir a transversalidade nas políticas de ações afirmativas materializadas na obrigatoriedade no ensino da história e cultura dos povos africanos e indígenas no Brasil; manter parcerias com instituições que atuam nas questões de gênero, raça e LGBT.

Formação e valorização profissional: Proporcionar a formação continuada dos professores e professoras para desenvolvimento de atividades na área educacional, cultural e política; promover encontros, seminários e palestras para a educação infantil, ensinos fundamental, médio, profissionalizante e superior, das redes públicas e do setor privado de ensino; criar a Revista do Sinpro; reforçar a luta pela construção de Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho no ensino superior, sistema “S”, cursos livres, profissionalizantes e de idiomas; combater a forma de contratação dos professores no sistema “S” e cursos profissionalizantes como instrutores, enfrentando a precarização das relações de trabalho.

Cultura, lazer e esporte: Estabelecer parceiras com instituições culturais, cinemas, teatros, coletivos de arte, etc., para incentivar o contato do professor e da professora com a produção artística local, nacional e internacional; estimular e incentivar a criação e a produção intelectual e artística dos professores e professoras; manter e ampliar os momentos de integração dos professores e professoras a exemplo das festas do Carnaval, São João e Dia do Professor; estimular as práticas esportivas como forma de interação social e cuidado com a saúde; criar o Cine-clube do Sinpro.

Saúde e relações de Trabalho: Implementar ações que levem à melhoria das condições de trabalho aos professores e professoras como a campanha de prevenção às doenças ocupacionais; promover pesquisas sobre a saúde do professor e da professora no setor privado e nas redes públicas de ensino; acompanhar e fiscalizar as Cipas, bem como as normas de regulamentação de saúde e segurança do trabalho; elaborar cartilhas de prevenção aos assédios moral, sexual e psicológico; consolidar o coletivo de jovens trabalhadores e trabalhadoras com intuito inclusive de fiscalizar a aplicação da Lei do Estágio nas escolas; estimular a implementação da organização de trabalhadores e trabalhadoras por local de trabalho a exemplo das Associações Docentes nas Instituições de Ensino Superior; acompanhar e fiscalizar os regimes próprios de previdência nos municípios; manter parcerias com instituições que atuam nas questões de gênero, raça e LGBT.

Por Mariza Lima – Assessoria de Comunicação do Sinpro PE

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