Sexta-feira (22) será dia de luta contra a reforma da previdência

A próxima sexta-feira (22) será Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais Os trabalhadores e trabalhadoras estarão nas ruas de todo o país para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, o projeto de reforma da previdência do governo Bolsonaro, que retira o direito de aposentadoria de milhões de cidadãos e cidadãs. A mobilização está sendo tratada como um aquecimento para a greve geral que promete parar o país caso o governo e o Congresso insistam em aprovar a reforma.

Os trabalhadores e trabalhadoras do setor privado de educação também estão engajados nessa luta. Os professores e, sobretudo, as professoras — ainda mais as que lecionam para a educação infantil e para as séries iniciais do ensino fundamental, que tendem a começar a dar aulas mais cedo, bem jovens — estão entre os mais prejudicados. Atualmente, não há ideia mínima para a aposentadoria da categoria (embora haja incidência do fator previdenciário), sendo que as professoras da educação básica devem somar 25 anos de contribuição e os professores, 30. Caso a reforma passe, contudo, os docentes na educação básica, tanto homens quanto mulheres, só poderão se aposentar com idade mínima de 60 anos e 30 anos de contribuição. Mesmo assim, ao atingir a idade e tempo de contribuição mínima, o professor ou a professora se aposentará apenas com 60% de sua média salarial. Para atingir 100% do valor, terá que trabalhar e contribuir mais com dez anos.

Como não só as professoras, mas as mulheres em geral são grandes vítimas da PEC 287, o ato de sexta-feira também será uma data importante data neste mês de março de luta em defesa dos direitos da mulher. Isso porque equiparar as idades e as formas de aposentadoria, sem criar políticas públicas para poder aliviar o sobretrabalho das mulheres, que muitas vezes cumprem duplas ou até triplas jornadas, somando a atuação no mercado de trabalho e as tarefas domésticas, contribui para acirrar a desigualdade de gênero.

Pelo direito de aposentadoria, sexta-feira é dia de luta!

Por Táscia Souza

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