Sinpro-Rio: Em defesa da vida e da democracia

O Sinpro-Rio assiste com pesar à evolução da COVID-19 no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil. No Rio de Janeiro, são mais de 2500 mortos, enquanto o Brasil ultrapassa os 15 mil óbitos.

Enquanto a doença avança e se ampliam os mortos, o presidente do país, Jair Bolsonaro, assume o negacionismo, minorando o impacto da pandemia sobre vidas humanas, defendendo o fim do isolamento social e vendendo como receita milagrosa, medicamento sobre o qual os cientistas não encontraram a eficácia alardeada.

Um governo que desqualifica a pesquisa científica, corta verbas das universidades e de centros de pesquisa, reduz investimentos nos programas de mestrado e doutorado no país é incapaz de perceber quais são as reais medidas a serem tomadas para garantir a saúde da população.

Assumindo-se como um mero serviçal de grandes empresários e do capital internacional, defende de forma criminosa o fim do isolamento e a retomada da normalidade, num contexto em que é impossível se pensar em normalidade.

Sua postura estimula setores da sociedade a abandonar e a transitar livremente pelas ruas, ampliando a possibilidade de contágio e os efeitos da doença.

Como líder da Nação, lhe caberia gerenciar a crise na saúde, ampliando hospitais emergenciais, distribuindo medicamentos e instrumentos para o tratamento dos casos graves. Não! Sua preocupação não é a vida dos jovens, dos trabalhadores, dos idosos. Insinua de forma leviana que os trabalhadores não querem trabalhar, minorando o impacto da pandemia.

O caos social avança e a sua preocupação é flexibilizar direitos trabalhistas, ampliando a perda de salários e demissões, sem se preocupar com os efeitos dessa medida para os trabalhadores. Mesmo a ajuda emergencial, cujo pagamento é sabotado pelo próprio governo, provocando monstruosas filas junto às agências da Caixa e propagando o vírus, só atingiu o valor de 600 reais após a atuação dos partidos da oposição que, junto aos partidos de centro, definiram o valor acima do que desejava o governo inicialmente – 200 reais.

Mais uma vez, o Sinpro-Rio vem em nota se solidarizar com todas as famílias que perderam seus entes queridos pela doença. Lamentamos a morte de professores e professoras que tanto se dedicaram ao trabalho, que se apresentavam aos seus alunos como parceiros no processo ensino-aprendizagem.

Que a humanidade saia desse embate fortalecida pelos laços de solidariedade, que perceba o impacto das brutais desigualdades sociais, que se fortaleça a certeza em favor da democracia.

Que o governo Bolsonaro abandone o histrionismo anticientífico e se junte ao país no combate ao vírus. E se insistir em ameaçar a vida de quem trabalha com dignidade, que venha a ser retirado do cargo.

Afinal, os trabalhadores têm família para criar. E nós, que atuamos em sala de aula, seguindo o que apontou Paulo Freire em seu trabalho, Pedagogia da Autonomia, demonstramos que um gesto, por mais insignificante, do professor pode se apresentar como força transformadora ao educando.

Continuamos a defender a vida, a educação pública de qualidade, os direitos dos trabalhadores e a transformação do mundo pela educação.

O Sinpro-Rio parabeniza os trabalhadores da saúde na incansável tarefa de salvar vidas.

O Sindicato somos nós.
Defenda seu sindicato.
Estamos juntos nessa luta.
Saúde a todas e todos e vamos continuar em casa e nos proteger.

Do Sinpro-Rio

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