SinproSP: Filme “Escola Sem Sentido” traz reflexões sobre censura ao professor em sala de aula

Em meio as turbulentas mudanças estruturais discutidas recentemente no terreno da educação, o “Escola sem Partido” com certeza foi a maior delas e é através deste ambiente de medo, perseguições e incertezas que o diretor Thiago Foresti, pensou em produzir o curta-metragem, “Escola Sem Sentido”, ganhador de três prêmios: melhor ator (Wellington Abreu) e melhor curta-metragem pelo júri oficial e também, pelo júri popular na 52ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro além do troféu Saruê, prêmio concedido pela equipe do jornal Correio Braziliense.

Trabalho este realizado de maneira independente com recursos da própria produção e contribuições via crownfounding, financiamento coletivo online. O curta acompanha o dia a dia do professor de história, Chicão, apaixonado pela profissão e que tem uma de suas aulas filmada por uma estudante. A aluna mostra o vídeo aos pais e a partir daí começa a paranóia de uma suposta doutrinação ideológica. Os desdobramentos do caso vão adquirindo proporções gigantescas e trazem uma reflexão não apenas do ambiente de receio do professor ao falar qualquer coisa em suas aulas mas também que “em nome de evitar o que chamam de ‘doutrinação ideológica’ nas escolas, pode-se criar ambientes sem discussão e, portanto, sem sentido’.”

O trailer pode ser conferido aqui:

O projeto conta ainda com uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse, onde qualquer pessoa pode contribuir até o dia 15 de março de 2020 com valores a partir de R$10,00 (dez reais) e ganhar em contrapartida algum brinde: acesso digital ao curta-metragem, video exclusivo do making off e diário de produção impresso. O dinheiro arrecadado ajudaria na inscrição do curta em festivais como o com o de Berlim e o de Sundance além de contribuir para custear os novos projetos.

Campanha “Escola Sem Sentido- depoimentos”

O projeto Escola Sem Sentido está recolhendo depoimentos de professores que passaram por situações de perseguições, não é necessário se identificar, as professoras e professores podem usar pseudônimos. O objetivo segundo o site oficial é alertar para o fato de que: “Quando políticos, líderes religiosos e pais de alunos limitam o debate na escola, é sinal de que alguma coisa está muito errada.”

Neste intuito foi produzido um vídeo com depoimentos reais de profissionais da educação que não foram respeitados nas suas didáticas e opiniões.

Assista o vídeo:

Do SinproSP

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