20 de novembro: Dia da Consciência Negra

A data nos convida a refletir sobre a contribuição significativa da população negra para a construção da identidade cultural e social do Brasil

O Dia da Consciência Negra é uma celebração importante que destaca a luta e a resistência do povo negro ao longo da história. Instituído em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão, a data nos convida a refletir sobre a contribuição significativa da população negra para a construção da identidade cultural e social do Brasil.

É um momento para reconhecer e valorizar a riqueza da diversidade étnica, combatendo o racismo e promovendo a igualdade. Além disso, o Dia da Consciência Negra nos instiga a questionar estereótipos e a promover o respeito mútuo, construindo uma sociedade mais justa e inclusiva.

Em declaração à Contee, o coordenador da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), Edson França, falou um pouco sobre a importância do dia 20 de novembro, e quais são as expectativas para as próximas gerações e qual o papel da educação na luta diária contra o racismo. Para Edson França, o Dia da Consciência Negra é de extrema importância, é o dia que o movimento negro vai às ruas e mostra sua pauta para a nação.

“É um dia que rememora a luta da população negra contra a opressão escravista. É uma luta que tira da princesa Isabel o protagonismo e da liberdade, e traz ela para uma luta coletiva. Emerge dos quilombos, que foram a tática mais permanente que os negros do Brasil usaram para se libertar da escravidão. Nisso você pensa em Zumbi dos Palmares e em Ganga Zumba.”, explicou o coordenador da Unegro.

Para Edson França, a expetativa a longo prazo é superar o racismo, construir a igualdade efetiva e tornar o país mais democrático, oferecer para a população negra mais qualidade de vida e acabar com a violência, tanto a física quando a simbólica.

O Movimento Negro Unificado (MNU) também destacou, em suas redes sociais, a importância dos quilombos para a história de resistência negra. “Os quilombos foram das inúmeras formas de resistência dos negros e das negras ao sistema capitalista escravocata, enfrentando toda a violência e exploração às quais foram submetidos”, postou o movimento.

“Nosso legado é de LUTA contra a desigualdade social, o genocídio do povo negro, o encarceramento em massa, as colonialidades e a branquitude. Por meio do Dia Nacional da Consciência Negra, nós, negros e negras que somos a maioria, 56% do total da população do país, inspirados na luta de Zumbi e Dandara dos Palmares, seguimos na luta por reparação histórica. Seguimos em marcha para o Brasil, contra as mazelas do capitalismo ”, relatou o MVU.

Neste dia, é crucial não apenas lembrar as lutas do passado, mas também fortalecer o compromisso com a construção de um futuro onde a diversidade seja celebrada e respeitada em toda a sua complexidade.

Vitoria Carvalho, estagiária sob supervisão de Táscia Souza

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