UNE lança cartilha “Educação Não é Mercadoria”

A União Nacional dos Estudantes lançou no começo do mês de março a cartilha “Educação não é mercadoria”. O objetivo da publicação é denunciar os abusos que os chamados “tubarões do ensino”, os empresário da educação, cometem rotineiramente. Os problemas no ensino superior privado vão da questão pedagógica à falta de infraestrutura e abuso no aumento das mensalidades.

Para combater o poder do dinheiro sobre a educação, a cartilha da UNE traz uma série de orientações e instrumentos para os estudantes lutarem por seus direitos.

A combatividade do movimento estudantil tem gerado amplo debate na sociedade para que a educação deixe de ser tratada como mera mercadoria. A União Nacional dos Estudantes tem acompanhado de perto a luta dos estudantes das Universidades Gama Filho e UniverCidade, no Rio de Janeiro, instituições descredenciadas pelo Ministério da Educação (MEC). Hoje, os estudantes se mobilizaram para exigir a criação de uma nova Universidade Federal: a Universidade Federal de Ciências Aplicadas do Rio de Janeiro (UFCARJ), com o Cefet-RJ incorporando o corpo discente e temporariamente os professores e funcionários das instituições descredenciadas.

Mas o caso das instituições do Rio de Janeiro não é isolado. A Univag, no Mato Grosso; a FMU, em São Paulo e tantas outras universidades privadas sofrem – em menor ou maior grau – com problemas como cobrança de taxas abusivas, aumento de mensalidades, falta de qualidade, laboratórios e bibliotecas.

A UNE luta para que não se torne rotina o descredenciamento de universidades por falta de uma fiscalização eficiente. Para a entidade, é necessária a aprovação imediata do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes), que pode ser um importante instrumento para barrar o processo de desnacionalização do ensino superior e criar uma lei que regulamente fusões e transferências, fiscalize a efetiva realização do tripé ensino-pesquisa-extensão nas IES Privadas e garanta a sua qualidade.

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