Centrais e Dieese se reúnem para discutir adesão e efeitos do PPE

São Paulo – Representantes de centrais sindicais reúnem-se hoje (22), na sede do Dieese, em São Paulo, para discutir o Programa de Proteção ao Emprego. Simultaneamente, os dirigentes já tem conversado nos sindicatos sobre a viabilidade de aplicar ou não o PPE, que permite redução de jornada e salários, com o objetivo de preservar postos de trabalho. Ontem (20), por exemplo, a direção da Força Sindical e a Articulação Sindical, tendência majoritária na CUT, avaliaram o programa. A Medida Provisória 680, que institui o PPE, recebeu 175 emendas.

“Fizemos um debate intenso, duro e leal a respeito da forma como vamos construir o Programa de Proteção ao Emprego na base. Ao final do encontro, saímos de lá com o apoio majoritário ao PPE e a certeza da necessidade da adesão para a manutenção dos empregos”, afirmou, por meio de uma rede social, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. A entidade, de onde se originou o programa, reuniu, também ontem, sua direção executiva para debater como se darão as negociações para implementar acordos coletivos de adesão na base.

Na reunião da Força, a decisão é de que caberá aos sindicatos filiados optar por negociar ou não com as empresas. A avaliação é de que a MP não resolve, mas ameniza os efeitos da crise. Segundo o presidente da central, Miguel Torres, a medida “fortalece o movimento sindical porque oferece aos sindicatos a responsabilidade de negociar a implementação do programa diretamente com as empresas”.

Hoje, em reunião no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o comitê responsável pela implementação do PPE definiu as regras para os interessados em fazer acordos coletivos. Os procedimentos serão publicados na edição de amanhã do Diário Oficial da União. “Vamos dar mais segurança ao trabalhador e à empresa a certeza que ela não vai perder aquela mão de obra já qualificada”, disse o secretário de Políticas Públicas de Emprego do MTE e secretário-executivo do PPE, Giovanni Queiroz. “Já tem tido uma demanda interessante. Acredito que várias empresas estão interessadas que a gente publique rapidamente essas condições para que elas possam se habilitar.”

Da Rede Brasil Atual

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