28 estudantes e um professor são mortos em bombardeio a escola síria
De acordo com relatos da imprensa divulgados ontem (5), pelo menos 28 estudantes e um professor foram mortos quando um morteiro atingiu a escola Batiha, no acampamento al-Wafidin, uma comunidade de cerca de 25 mil desabrigados, a cerca de 20 quilômetros a nordeste da capital da Síria. Os relatórios disseram que a agência de notícias Sana, oficial da Síria, acusou as forças rebeldes sírias pelo ataque, enquanto as forças rebeldes culparam as forças governamentais.
“A Internacional de Educação (IE) condena, nos termos mais fortes possíveis, o bombardeio de ontem (5) em uma escola perto de Damasco”, disse o secretário-geral da IE, Fred van Leeuwen. “As escolas deveriam ser lugares de acolhimento e de segurança, em que alunos e professores podem evitar a violência que tomou conta de suas comunidades.” Van Leeuwen chegou a dizer que “desde que a violência na Síria começou, as escolas têm sido alvo de saques, vandalismo e queima, o que é condenável. As escolas deveriam ser santuários seguros para os alunos e para aqueles que trabalham com eles.”
Desde que os protestos contra o presidente Bashar al-Assad, que começaram há 21 meses, transformaram-se em uma violenta revolta em resposta à repressão do Governo, a Síria tem sido esmagada por um círculo vicioso de violência. A grande maioria das 20 mil ou mais pessoas mortas no conflito é de civis, enquanto mais de 2,5 milhões de sírios precisam de assistência humanitária e quase meio milhão deixou o país para buscar refúgio em países vizinhos.
A Internacional de Educação está convocando organizações-membros para exigir que seus governos encaminhem representações ao Governo sírio e às forças rebeldes para poupar as escolas e outras instituições educacionais de ataques violentos, além de reivindicar que a ONU intervenha de forma eficaz para pôr um fim à violência e à crise humanitária.
Com informações da IE