Bancada do Rio apoia documento que pede intervenção da Gama Filho e da UniverCidade

A bancada de deputados do Rio de Janeiro se reuniu nesta última quarta-feira (12) pela manhã com os estudantes da universidade Gama Filho e da UniverCidade. Cerca de 40 deputados apoiaram a construção de um documento que pede a intervenção do Ministério da Educação (MEC) nas duas instituições, a transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/RJ) em universidade federal e a aprovação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes) via medida provisória. O documento será entregue à presidenta Dilma Rousseff.

De acordo com a coordenadora da bancada do Rio e líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali, os alunos recolherão assinaturas dos líderes de bancada nesta tarde para protocolar o documento no Palácio do Planalto: “Eles enfrentam muita pressa. O primeiro semestre letivo de 2014 já começou e eles precisam de uma resposta que atenda suas demandas”, sinaliza.

Ainda segundo Jandira, é preciso ampliar a mobilização: “O assunto é crítico e precisa de mais forças atuando a favor dos estudantes, funcionários, professores e suas famílias. Os estudantes têm uma luta legítima em curso e demonstram com argumentos que a transferência assistida possui problemas. Não é a melhor ferramenta”, aponta.

As duas universidades foram descredenciadas pelo MEC em janeiro deste ano. A Universidade Gama Filho e a UniverCidade são mantidas pelo grupo Galileo Educacional, que está afundada em crise financeira, com salários de professores e funcionários atrasados e com instalações deterioradas.

Audiência pública

A bancada também expôs a possibilidade de convocar o sócio-majoritário da Galileo Educacional, Adenor Gonçalves, para falar sobre a dívida acumulada e os motivos de o ministério credenciar a Galileo sem critérios claros.

A sugestão, no entanto, foi amplamente rechaçada pelos estudantes presentes. De acordo com o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) Igor Mayworm não há tempo: “Vai desvirtuar nossa luta que é resolver a continuidade das aulas e a conclusão de cursos. O Adenor deve ser convocado para uma CPI e não neste momento”, declarou.

Da Agência Câmara

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