Bancários do Santander param em todo País contra ataque a direitos

Os funcionários Santander paralisaram as atividades nesta quarta (20), em todo o Brasil, contra os ataques a direitos perpetrados pelo banco espanhol com base na nova lei trabalhista.

Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, dos cerca de 15 mil funcionários do banco em sua base territorial, 13 mil cruzaram os braços. Deixaram de funcionar as principais áreas administrativas e mais de 200 agências.

A Agência Sindical conversou com dirigentes da entidade. “O Santander precisa entender que não pode obrigar os trabalhadores a assinarem ‘acordos’ individuais, sem qualquer negociação, impondo sua vontade e sem a participação do Sindicato. A mobilização continua e, a qualquer momento, poderemos paralisar as atividades novamente, caso insistam nessa prática”, disse a presidente do Sindicato, Ivone Silva.

Para o dirigente sindical Marcelo Gonçalves, que é funcionário do Santander, o banco cometeu várias irregularidades. “A data de pagamento do 13º foi alterada de março e novembro para maio e dezembro; também mudou a data do adiantamento do dia 20 para o dia 30. O banco está impondo ‘acordos’ alterando o pagamento de horas extras e implantando o banco de horas com prazo de seis meses para compensação”, afirma.

“Querem implantar o sistema de fracionamento das férias. No entanto, quem decide quando e por quanto tempo o trabalhador poderá gozar as férias é a empresa. O banco também demitiu mais de 200 funcionários nos últimos 30 dias, incluindo bancários doentes com uso ilegal do exame de retorno. Impôs aumento de 20% na mensalidade do plano de saúde, além da cobrança abusiva na coparticipação, passando por cima da negociação coletiva”, denuncia Marcelo.

O movimento afetou todas as operações, como cartões de débito e crédito, entre outras. “Um quarto do lucro total do banco esse ano saiu do Brasil. São esses bancários que conseguiram. Está na hora do Santander tratar os trabalhadores com respeito”, ressalta.

Agência Sindical

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