Contee repudia ataque aos secundaristas e defende mobilização legítima dos estudantes

O Portal Vermelho denunciou hoje (28) uma série de ataques de grupos fascistas, como o Movimento Brasil Livre (MBL), aos estudantes secundaristas que estão participando das ocupações em instituições de todo o Brasil. Os secundaristas protestam contra a Medida Provisória 746, que impões a reforma do ensino médio, a Proposta de Emenda Constituição 241 (rebatizada no Senado de PEC 55), que congela por 20 anos os investimentos em políticas públicas e feta diretamente a educação, e o programa Escola Sem Partido, que tenta instituir uma Lei da Mordaça e impedir o pensamento crítico nas escolas.

Como representantes de cerca de 1 milhão de professores e técnicos administrativos que atuam no ensino privado, a Contee repudia todas as agressões contra esses estudantes que estão legitimamente defendendo seu direito à educação. A Confederação também exige providências do Poder Público, em todos os seus níveis, contra os discursos de ódio e incitação à violência que atacam o direito de organização e mobilização da juventude.

Hoje, o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, que também é vereador em Belo Horizonte, fez um alerta em suas redes sociais sobre o fato de que 40 integrantes do movimento Direita Minas tentaram expulsar alunos que ocupam a Escola Estadual Central, na capital mineira. “A alegação do grupo, que não são alunos da instituição, era ‘liberar’ a escola para que o senador Aécio Neves não encontre a escola tomada por estudantes no dia da eleição, pois vota nessa escola”, denunciou Gilson.

“O fascismo é algo que tem ameaçado as ocupações escolares em Minas e por todo o Brasil. Mas o que temos presenciado, passa do limite das visões ideológicas e chega no nível da vergonha e do perigo. Além disso, em diversos pontos do país, os estudantes têm sido ameaçados por grupos fascistas, outros tem sido ameaçados até mesmo por aqueles que deveriam o proteger. Nenhuma escola foi desocupada nessa truculência. Os estudantes vão continuar a lutar por seus direitos e nós continuaremos na defesa. Fica alerta e divulgue também, não nos calaremos diante de uma violência ditatorial.”

Assista ao vídeo

Leia abaixo a reportagem do Portal Vermelho:

MBL invade escolas ocupadas promovendo assédio, violência e ódio

Parece que o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo recém-criado de extrema direita, está obcecado com a ideia de repetir os “feitos” do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), ação promovida por jovens favoráveis à ditadura militar que perseguia e matava contrários ao regime. Com pouca adesão, porém com um grande arsenal de armas de fogo e sede de violência, o bando vem invadindo as escolas que estão ocupadas contra a Reforma do Ensino Médio, provocando cenas de pânico entre os estudantes.

Por Laís Gouveia 

Ontem (27) Renan Santos, membro do MBL, que responde a mais de 60 inquéritos judiciais, aliou-se ao youtuber Arthur Maledo do Val, famoso pela produção de vídeos sensacionalistas, para promover uma reportagem com perguntas armadas, deixando, dessa forma, os entrevistados constrangidos.

Segundo informações dos Jornalistas Livres, a dupla foi à escola ocupada Colégio Estadual do Paraná (CEP), localizado em Curitiba, abordando estudantes com perguntas do tipo: “Você é a favor do aborto” “E se o MST invadisse a sua casa?” “Você acha que impeachment é golpe?”.

Percebendo a malícia da parceria MBL+Youtuber, os alunos ocupantes recusaram-se a falar ou liberar a entrada do colégio para ambos, argumentando que esse tipo de enfoque criminaliza as ocupações. Foi então que Arthur e Renan resolveram ficar mais agressivos, passando a mão nos seios, barrigas e nádegas das estudantes, chamando-as de “gostosas”. “Você não quer ficar comigo?” indagou Arthur.

As estudantes que sofreram assédio sexual prestaram queixa na Delegacia da Mulher, que fica em frente ao colégio ocupado.

No vídeo abaixo fica claro que Renan e Arthur estão debochando dos estudantes, inclusive com o som ao fundo de uma secundarista que grita “seu machista, você me agrediu”:

A voluntária da ocupação explica como aconteceu o processo: 

Já na versão de Renan e Arthur, eles foram agredidos, espancados e chegaram a ficar desacordados, por militantes de extrema esquerda que ocupam o colégio.

Tensão em outra escola do Paraná 

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o MBL formou uma milícia nesta quarta-feira (27) para desocupar à força o Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa, localizado em Curitiba. Contando com a ajuda do diretor da escola, o grupo arrombou o colégio e então começou a depredar a parte interna das dependências do local. A Polícia Militar chegou e forçou a retirada do bando do local. A ação durou duas horas e não há relatos de feridos.

Confira o momento em que a milícia ocupa o colégio: 

https://www.facebook.com/alcavanha/videos/1315661475131611/

Neste vídeo, garotos do MBL insuflaram pais e alunos a agredir e arrancar estudantes das escolas ocupadas de Curitiba.

https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/424355641021652/

Minas Gerais

Belo Horizonte

No Colégio Estadual Central, localizado em Belo Horizonte, um grupo ligado ao MBL, Endireita Minas, tentou invadir o local nesta sexta-feira (28) para desmobilizar a ocupação, mas foram expulsos do local aos gritos de “sai da minha escola”. Confira abaixo: Vídeo: Mariana Viel 

Uma bomba caseira foi produzida para ser lançada na ocupação, que não chegou a ser disparada.

Juiz de Fora

Influenciados pela “doutrina” de Bolsonaro e MBL, estudantes em Juiz de Fora já preparam o seu exército para invadir as escolas ocupadas: “Vamos desfazer todas as ocupações”.

Com informações do Portal Vermelho

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