Nova presidenta da UNE destaca aprendizado ‘na luta da vida e em defesa do povo brasileiro’

São Paulo – Pela primeira vez, a presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE) terá uma sucessão entre mulheres. A paulista Carina Vitral, eleita no último domingo (7), assume o lugar de Virgínia Barros. A eleição foi durante o 54º congresso da UNE, em Goiânia.

“É uma honra representar os estudantes brasileiros, em um momento tão crucial da vida política, no Brasil.”, falou Carina, em entrevista ao Seu Jornal, da TVT. A nova presidenta enalteceu o aprendizado tirado da convivência com os estudantes. “A escola do movimento estudantil, o que essa escola ensina, a gente não aprende em nenhum banco de sala de aula, a gente não aprende nem na escola e nem na universidade, mas, sim, na luta da vida, na luta em defesa do Brasil e do povo brasileiro.”

O texto aprovado durante o congresso intensifica a luta pela democracia e os direitos humanos, contra a homofobia, pela universalização da educação e contra o retrocesso nos direitos dos trabalhadores.

“A defesa da democracia, a luta contra a redução da maioridade penal, a luta por uma reforma política democrática, que aprofunde a democracia e que derrote o financiamento privado de campanha, e a luta contra o ajuste fiscal, que corta R$ 9 bilhões da educação, serão os desafios imediatos que a UNE vai lutar”, destaca Carina.

Quem deixa a presidência da UNE é Virginia Barros que teve papel preponderante no crescimento da entidade no cenário nacional, nos dois últimos anos.

Tida como incansável, Vic Barros esteve sempre presente nas mobilizações dos movimentos sociais organizados e ressalta as conquistas do período: “A aprovação do pré-sal para a educação, como a aprovação do Plano Nacional de Educação, com 10% do PIB para a educação, uma série de lutas que foram travadas em universidades do país inteiro.”

Vic se desliga oficialmente da UNE, mas vai continuar na luta, agora, no campo do direito. Ela prevê um trabalho ainda maior de Carina Vitral à frente da UNE.

“Um conselho que eu dou para um dirigente da UNE é abrir o coração para ouvir as diferenças, para ouvir o conjunto dos estudantes do nosso país, e pra compreender melhor nosso povo. Acho que ouvindo as pessoas e dialogando, a gente tem mais possibilidade de liderar grandes transformações do país”, sugere a ex-presidenta da entidade.

Da Rede Brasil Atual

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