O petróleo ainda é nosso!

“O petróleo é nosso” foi o lema da campanha que dominou o Brasil no fim da década de 1940 e na década de 1950 em prol da autonomia brasileira na área petrolífera. No período, a sociedade dividiu-se em dois grupos: o dos que achavam que o petróleo deveria ser explorado exclusivamente por uma empresa estatal brasileira e aqueles que defendiam que a prospecção, o refino e a distribuição fossem feitas pelo capital privado.

Venceram os nacionalistas e, em outubro de 1953 – há, portanto, 61 anos – foi criada a Petrobras. O monopólio da empresa sobre a atividade petroleira no Brasil foi extinto em 1997, no auge do neoliberalismo, mas a Petrobras continuou – e continua – sendo uma das mais importantes empresas do setor no mundo, tendo, inclusive, superado no ano passado a norte-americana ExxonMobil (Esso) e alcançado o primeiro lugar como maior produtora de petróleo do planeta.

É essa mesma Petrobras que agora tem sido achincalhada pelos que usam do pretexto de “luta” contra a corrupção (a qual deve, sim, ser combatida em todas as instâncias!) para, no fundo, defender os mesmos interesses estrangeiros que estavam em jogo entre 1947 e 1953 e mesmo depois: a tentativa de permitir que o petróleo brasileiro, patrimônio nacional, seja oligopolizado pelas grandes corporações internacionais, como a própria Esso, a Shell, a Texaco, etc. O entreguismo combatido há mais de seis décadas continua presente.

Naquela época, o movimento educacional já era protagonista na defesa dos interesses nacionais. A União Nacional dos Estudantes (UNE) foi uma das entidades que liderou a campanha “O petróleo é nosso”. Diante da batalha que a Petrobras, seus trabalhadores e trabalhadoras e o futuro soberano do Brasil enfrentam hoje, é necessário, uma vez mais, que as entidades de educação – entre as quais a Contee e suas filiadas – assumam seu papel na defesa da empresa e do que ela representa para o desenvolvimento do país. O petróleo ainda é nosso!

Da redação

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