Sem avanços na negociação do Ensino Básico, Sinproep decide levar negociação a Dissídio Coletivo

Aconteceu na sexta-feira 5/07, às 15h, a segunda audiência de mediação do Ministério Público de Trabalho (MPT) nas negociações entre o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe).

A mediação do Ministério Público foi mais uma das tentativas do Sinproep de chegar a um acordo justo quanto a Convenção Coletiva de Trabalho do Ensino Básico. No entanto, as propostas do sindicato patronal continuam não atendendo a categoria.

O Sinepe apresentou duas propostas que, basicamente, na sua essência, não tinham diferença da que já havia sido apresentada anteriormente.

Os patrões usaram de um artifício matemático tentando induzir os representantes do Sinproep com propostas rebaixadas e inaceitáveis. .

As propostas apresentadas:

Proposta 1 – Sem abono salarial e com os seguintes reajustes:

Ensino infantil (até a 5ª série) = reajuste de 12, 16%

Demais professores dentro do piso salarial = 8,8%

Fora do piso = 8,16% (INPC)

Proposta 2 – Com abono salarial de 5%, pago de uma só vez no mês de novembro, com os seguintes reajustes:

Ensino infantil (até a 5ª série) = 11,16%

Demais professores dentro do piso salarial = 8,22%

Fora do piso = 7,5%

Diante da proposta, o Sinproep se mostrou inconformado. Klecius Oliveira, membro da Comissão de Negociação do Sinproep, falou que era uma vergonha o Sinepe apresentar esse reajuste. “Desculpem-me, mas me parece que vocês estão vendo isso aqui como uma grande brincadeira. Vocês devem achar que nós não sabemos fazer cálculos”.

Diante do impasse, sem perspectiva de acordo, Rodrigo de Paula, presidente do Sinproep, disse que a única saída seria o Dissídio Coletivo. “Não vamos nos submeter a essas propostas. Se o Sinepe não quer dar mais, então vamos deixar que o juiz decida. Já procuramos o Ministério Público em virtude do impasse que emperraram as negociações. Se não temos condições de resolver aqui, apelaremos para outra instância. Não podemos aceitar uma proposta menor que a última convenção em uma mesa de negociação. Os nossos professores não merecem tão pouco”, concluiu Rodrigo.

Com a concordância do sindicato patronal o Sinproep-DF decidiu instaurar o Dissídio Coletivo na Justiça do Trabalho. Ainda não há data definida. O Departamento Jurídico vai preparar a Ação e buscar um reajuste digno com abono, aumento real de salário e garantir os demais benefícios sociais da CCT para toda a categoria.

Do Sinproep-DF

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