Atual governo desapareceu e deixou o Brasil dividido, diz membro da transição
Em entrevista à CNN, Jorge Viana destacou que o Brasil “requer a atenção” da gestão do presidente Jair Bolsonaro até a posse do presidente eleito, Lula
O ex-governador do Acre e membro da equipe de transição, Jorge Viana (PT), comentou em entrevista à CNN nesta terça-feira (13) a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal (PF), em Brasília, por bolsonaristas e criticou a falta de ações do atual governo em seus últimos meses à frente do país.
“Eu acredito que vamos superar isso [atos de violência]. O presidente [eleito], Lula, vai convidar todos ao trabalho, tem muita coisa a ser feita. Veja, o governo atual desapareceu. Nós estamos aqui discutindo o novo governo, porque o atual governo não consegue concluir seu trabalho e deixou o Brasil dividido”, disse.
O petista afirmou que até a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023, o Brasil “requer a atenção” da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao comentar a relação entre o governo eleito e o atual, Viana ainda destacou que não houve, até o momento, nenhum tipo de contato entre Lula e Bolsonaro. Ele afirmou que as tratativas entre gestões tem ficado por conta do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Coordenador do grupo de transição para o Meio Ambiente, Viana disse ainda que este clima de animosidade o faz relembrar a situação atual da Venezuela — que é alvo de críticas por parte de apoiadores do presidente.
“Acho que essa intolerância é muito ruim. E só piora o ambiente no Brasil essas agressões a ministros do Supremo, a autoridades, a pessoas na rua. Isso fica parecido com o que eles mais falavam que não queriam para o Brasil, que é a Venezuela. A Venezuela entrou nessa história e não saiu mais”, disse.
Publicado por: Danilo Moliterno