Depoimentos dos dirigentes da Contee | Por João Batista da Silveira

A visita ao Sindicato dos Professores Palestinos
João Batista da Silveira *

Tive a honra de integrar a 1ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, organizada pelo Comitê pelo Estado da Palestina. Esta ocorreu entre os dias 10 e 20 de junho passado.

Um dos eventos mais importante foi a reunião que tivemos com o Sindicato dos Professores Palestinos, cuja sigla em inglês é Gupt (União Geral dos Professores Palestinos).

Nessa reunião estavam presentes o secretário-geral, o senhor Mohammad Suwane e Nadim Sami, responsáveis pela representação dos professores dos assentamentos, e outros componentes da diretoria da entidade. A Gupt representa os trabalhadores na educação, professores e administrativos, públicos e privados, num total de 50 mil trabalhadores.

Informaram que a entidade foi criada em 1969, dois anos após a invasão israelense, trazendo uma diminuição extraordinária do território palestino, processo intensificado em 2007 com a criação das colônias judaicas em áreas mais férteis do território palestino.

Ao descreverem as condições de trabalho da categoria, salientaram que às dificuldades inerentes à luta de classe acrescentam-se outras em função da ocupação israelense do território palestino. Os 518 pontos de fiscalização (checkpoints) israelenses existentes em todo o território palestino trazem transtornos e muita humilhação para o trabalhador palestino.

Em função destes postos de fiscalizações e dos muros construídos separando comunidades, vilas e cidades, isso acaba impondo aos trabalhadores, considerando a jornada de trabalho e mais o tempo gasto de ida e volta, muitas horas a mais de trabalho, de forma que a maioria sai de casa ainda na madrugada e volta somente às 21 horas.

Além disso, para evitar a frequência na escola palestina, onde as crianças e os jovens tomam consciência da história do povo palestino, o governo israelense vem cumprindo uma agenda neoliberal. Eles possuem um programa de subsídio como estímulo à matricula destes em escolas particulares, tentando enfraquecer o ensino público.

* Membro da Executiva da Contee e da Executiva do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado de Minas Gerais (Saae MG).

Acesse a íntegra do livrete “Justiça, paz e liberdade para o povo palestino”

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