Nota de solidariedade à professora de Bonito (MS), que foi censurada e coagida na liberdade de cátedra

Mais um caso de censura, coerção à liberdade de cátedra e de garantia plena do direito à educação crítica. É disso que se trata. Desde a ascensão de Bolsonaro à Presidência da República casos assim começaram a “pipocar” Brasil afora.

Em 19 de outubro, professora de geografia da Escola Estadual Bonifácio Camargo Gomes, do município de Bonito (MS), em aula ministrada sobre problemas ambientais foi gravada por aluna que se sentiu ofendida pelo conteúdo.

O pai da estudante teria dito que se sentiu prejudicado e que a professora “menosprezou o agronegócio”. Ele também teria mencionado o fato de a educadora ser casada com indígena, a quem mencionou como “cacique”.

Entre o material apresentado pela educadora, estava a matéria “Os números mostram: agronegócio recebe muitos recursos e contribui pouco para o país”, publicada pelo site ‘o joio e o trigo’, em 7 de outubro.

Diante disso, a Contee se junta a todos aqueles que lutam por educação libertária no País contra mais esse ato contra à chamada liberdade de cátedra.

Não seremos uma Nação livre e soberana com essas amarras e grilhões que teimam em manter o País e o povo presos ao passado escravista dos senhores de terras.

O País tem sido impedido de ter um presente pleno e de vislumbrar futuro melhor, porque o passado tem batido às portas da evolução, como cadáver insepulcro de uma “elite” que não evoluiu e teima em querer impor modernização conservadora.

O futuro insofismável está na educação libertária como forma de evoluir à desmodernização que a elite escravista tenta impor ao Brasil. Não há como fugir disso se quisermos ser Nação e povo soberanos.

Brasília, 16 de dezembro de 2021.

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee

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