Pela valorização do salário mínimo, único caminho é eleger Lula

Derrotar Bolsonaro é condição indispensável para garantir dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil

Em 2004, as centrais sindicais lançaram a campanha de valorização do salário mínimo, com realização de três marchas conjuntas em Brasília, a fim de fortalecer a pauta junto aos poderes Executivo — então comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Legislativo. Como resultado da mobilização, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo, em maio de 2005, passou de R$ 260 para R$ 300. Em abril de 2006, elevou-se para R$ 350; e também, em abril de 2007, foi corrigido para R$ 380.

As negociações, no entanto, tiveram outro importante resultado além desse ganho real de mais de 26%: a instituição de política permanente de valorização do salário mínimo. Os critério acordados foram: o repasse da inflação do período; o aumento real pela variação do PIB (Produto Interno Bruto); e antecipação da data base da correção, a cada ano, até que fosse fixada em janeiro.

Penúria

Essa política, iniciada em 2007, vale até 2023. No entanto, às vésperas do 2° turno da eleição, o governo de Jair Bolsonaro (PL), através do ministro da Economia, Paulo Guedes, já decidiu que, se reeleito, não vai estendê-la. Pelo contrário. Nesta quinta-feira (20), Guedes confirmou que a intenção é desvincular desvincular o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias do índice de inflação do ano anterior. Na prática, isso significa congelar os salários e aposentadorias dos trabalhadores brasileiros, impondo-lhes perdas severas e condenando famílias inteiras à penúria.

Por dignidade

Basta comparar: de um lado, durante o governo Lula, política de valorização e ganhos reais no salário mínimo; de outro, sob Bolsonaro, ataques sequenciais aos direitos trabalhistas, terminando, agora, em roubo do próprio salário.

Derrotar Bolsonaro é condição indispensável para garantir dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Pela valorização do salário mínimo, o único caminho possível e urgente é eleger Lula.

Táscia Souza

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