Sinpro-Rio: Mujica, mais que um floricultor, professor da vida

O Sinpro-Rio se perfila ao lado de todos aqueles que se mostram pesarosos pela passagem de José Alberto Mujica Cordano. Sim este é o nome completo do guerrilheiro e estadista uruguaio que se imortalizou por suas atitudes humanistas em prol de uma sociedade igualitária.

Mas de tão simples, todos o conheciam somente por Pepe Mujica. Nasceu em 20 de maio de 1935, foi floricultor na juventude e posteriormente passou a lutar pela liberdade do povo uruguaio, sendo guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros.

Durante a ditadura em seu país ficou 13 anos enclausurado. Com a redemocratização, foi eleito deputado, senador e presidente do Uruguai de 2010 a 2015.

No ano passado, ao comunicar que sofria de um câncer no esôfago disse “o guerreiro precisa descansar”.

Mujica ficou mais famoso pelas atitudes humanistas, mas tudo que fazia plantava com palavras sábias. Crítico ferrenho do consumismo, argumentava: “A humanidade sacrificou os deuses imateriais e ocupou o templo com o deus mercado, que organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos a frustração, a pobreza, a autoexclusão”

Sempre se considerou um floricultor, mas podemos afirmar que era um professor sobre a vida que o ser humano deveria valorizar. “O que é que chama a atenção mundial? Que vivo com pouco, em uma casa simples, que ando em um carrinho velho, essas são as notícias? Então este mundo está louco, porque o normal surpreende”, afirmou.

Na presidência do Uruguai, priorizou a Educação, investindo em tecnologia nas salas de aula, dando a cada estudante e professor um notebook, independente da condição financeira da família. Computadores com conectividade e programas de internet gratuita.

Em uma de suas muitas frases, Mujica afirmou: “A vida se vai minuto a minuto. E não podem ir ao supermercado comprar a vida. Então, lutem para vivê-la. Para dar conteúdo a ela”.

Mujica deu a lição, só nos resta aprender.

Do Sinpro-Rio

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