Treze milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil em 2023

Primeiro ano de governo Lula possibilitou que contigente nesta situação, que era de 33 milhões de pessoas em 2022, caísse para 20 milhões, segundo o Instituto Fome Zero

por Priscila Lobregatte

Foto: José Fernando Ogura/Agência Estadual de Notícias do PR
Em apenas um ano de governo Lula, 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil. No primeiro trimestre de 2022, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), havia ao menos 33 milhões, contigente que caiu para 20 milhões no quarto trimestre do ano passado. Os números fazem parte de pesquisa do Instituto Fome Zero, divulgada nesta segunda-feira (11).

Conforme o levantamento, no último ano de Bolsonaro, o Brasil enfrentava uma grave crise de insegurança alimentar, com 65 milhões de pessoas com restrições nutricionais. Somente entre 2018 e 2021, esse indicador saltou de 20,6% para 32,8%.

“Em 2023, com mudanças políticas e medidas econômicas, incluindo a restauração do Novo Bolsa Família e a expansão do BPC [Benefício de Prestação Continuada], houve uma melhoria”, diz o estudo.

Da mesma forma, o Índice de Miséria, também usado pelo instituto, aumentou entre 2019 e 2021, chegando a 21,2%, e voltou a cair a partir de 2022, alcançando 12,4% em 2023.

Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o resultado da pesquisa: “Governo Federal trabalhando para tirar o Brasil do Mapa da Fome mais uma vez”. Em reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), na semana passada, Lula voltou a salientar que “temos todos os instrumentos para acabar com a fome. Acabar com a fome é prioridade zero neste país. Não tem nada mais sagrado do que isso”.

A erradicação da fome tem sido uma das prioridades desse terceiro mandato de Lula e principal foco de uma série de políticas públicas e medidas econômicas. Segundo estipulado pelo governo, a meta é que o Brasil saia do Mapa da Fome da ONU em 2030.

Essa meta já havia sido alcançada em 2014, durante o governo Dilma Rousseff; em 2022, sob Bolsonaro, o país voltou a figurar no mapa. Para superar esse quadro, o atual governo criou o Plano Brasil sem Fome, que engloba uma série de políticas públicas e que tem também, como objetivo, reduzir ano a ano as taxas totais de pobreza e a menos de 5% o percentual de domicílios em insegurança alimentar grave.

Conforme assinalou o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, “o presidente Lula acredita que o crescimento econômico, com aumento de renda, é uma das principais soluções. Dessa forma, iniciamos uma série de medidas que permitiram o aumento da oferta de emprego, o aumento da renda dos mais pobres, a diminuição da inflação dos alimentos e, claro, o Bolsa Família chegando a quem realmente precisa”.

De acordo com o Fome Zero, “embora encorajadores, os resultados ressaltam a necessidade contínua de ações coordenadas para enfrentar a insegurança alimentar. O estudo destaca a importância de dados confiáveis e oportunidades para orientar políticas públicas e intervenções futuras”.

A pesquisa foi feita com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2022 e 2023 (Pnad Contínua), combinados com informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018, para desenvolver modelos matemáticos.

O instituto explica que a estimativa aqui analisada “é preliminar e deve ser interpretada como uma análise de cenário de como está a situação geral da insegurança alimentar e nutricional no Brasil e de seus indicadores macroeconômicos”.

Do Vermelho

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