Lula livre! Trabalhadores livres!

Hoje, 21 de abril, completam-se duas semanas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou preso político. Duas semanas também em que movimento de resistência em Curitiba contra a arbitrariedade e a injustiça é forte. E só cresce. Tanto que o ato nacional de 1° de maio, organizado em conjunto pelas seis centrais sindicais reconhecidas formalmente, será na capital paranaense, como uma manifestação de solidariedade a Lula, de denúncia internacional de sua prisão e do estado de exceção no Brasil e de apresentação da pauta de reivindicações da classe trabalhadora para este ano, a qual precisa estar inserida no debate eleitoral.

“O 1º de maio deste ano tem um significado especial. Vivemos um momento crucial em que está em jogo o futuro do país e da classe trabalhadora. Precisamos dar uma demonstração de força contra os golpistas que tomaram de assalto o poder, desde o impeachment da Presidenta Dilma, e que vêm implementando uma agenda contrária aos interesses populares e à soberania nacional”, diz o manifesto. “Defender Lula é defender a política de valorização do salário mínimo iniciada em seu governo, emprego para todos, melhores salários e os direitos da classe trabalhadora conquistados em décadas de luta. Defender Lula é defender que os recursos do pré-sal voltem a ser destinados à saúde e à educação, o fortalecimento e ampliação dos programas sociais que tiraram milhões da miséria e asseguraram o acesso de estudantes pobres à universidade, a soberania nacional e o patrimônio público.”

“Vamos discutir isso na Executiva da Contee, para convocar os sindicatos e as federações, a fim de que a gente participe de uma concentração grande em Curitiba”, afirmou a coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee, Adércia Bezerra Hostin dos Santos, que tem acompanhado de perto o acampamento Lula Livre em Curitiba desde o dia 7. Na última quarta-feira (18), ela participou do Circo da Democracia, que recebeu o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Nobel da Paz em 1980, o diplomata Celso Amorim, que foi duas vezes ministro das Relações Exteriores e ministro da Defesa entre 2011 e 2015, e o teólogo e escritor Leonardo Boff, além de diversos artistas. Esquivel e Boff chegaram a ser impedidos de visitar Lula na Superintendência da Polícia Federal.

Na véspera, terça-feira (17), começou, segundo a diretora da Contee, um novo movimento no acampamento. “A vigília permanece no mesmo local, com algumas barracas acordadas. Foi alugado um terreno próximo para montar as cozinhas e o acampamento para pernoite, sendo garantido todo o ato político durante o dia na frente da PF. Também está sendo organizada uma programação de ‘diálogo’ com a cidade de Curitiba, com caminhadas, panfletagens. Vamos ir e vir do acampamento coletivamente pelas ruas, mostrando nossa resistência!”, destacou.

Segundo Adércia, que está na organização do 1° de maio, “o acampamento #lulalivre continua emocionante, com atividades gestionadas e organizadas diariamente”. “Seguimos na luta! Neste final de semana haverá reunião da Internacional da Educação da América Latina (Ieal), com vários companheiros da Argentina, do México, entre outros, em Curitiba”, ressaltou, informando que a atividade da Ieal foi transferida e Brasília. Representantes de entidades filiadas à Contee, como o presidente da Fepesp, Celso Napolitano, também têm marcado presença, bem como dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituição Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação), mostrando a mobilização das entidades educacionais.

Por Táscia Souza

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