Sinpro Macaé e Região: PL que estabelece educação, como atividade essencial em Macaé é retirado da pauta

Ontem, 16, foi realizado um ato simbólico contra o PL nº 22/2922, que transforma a educação como serviço essencial em Macaé. A proposta, que tramita em regime de urgência, foi suprimida pela pressão das entidades representativas que se opuseram. São elas: os sindicatos dos educadores; as entidades estudantis; colegiado dos diretores; e o Conselho Municipal de Educação.

Durante o ato simbólico os participantes mantiveram distanciamento social, uso rígido de máscaras e uso regular de álcool em gel nas mãos. Na oportunidade, levaram cartazes, faixas e com frases contra a volta às aulas presenciais e a favor da vacina para todos.

O Sinpro Macaé e Região tem chamado atenção para a falta de diálogo que tanto o executivo como o legislativo têm praticado em relação ao tema.

A educação foi classificada como essencial pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, abrindo precedente para que as aulas retornem para as salas de aulas no pior momento da pandemia sem, ao menos, apresentarem um calendário que inclua a comunidade escolar como grupo prioritário para imunização.

Em Macaé, apesar do regime de urgência, por pressão do Sinpro e de outras entidades, a pauta foi retirada pelos vereadores, o que não significa que ela possa voltar a qualquer momento. O Brasil marcou, por dias consecutivos, mais de duas mil mortes diárias.

“Não estamos falando apenas de voltar para escola, mas sim da circulação de pessoas que precisam utilizar transportes públicos para chegar a unidade escolar, que saem todos os dias de suas casas e voltam podendo infectar familiares que estão dentro do grupo de risco. Mais uma vez, o lucro, o Capital está falando mais alto deixando a vida para trás. A Educação privada e gratuita não podem ser tratadas diferentemente uma da outra”, relatou Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região.

Apesar da vitória parcial, é preciso ficarmos atentos às movimentações do Prefeito e da Câmara dos Vereadores de Macaé. Transformar a educação como serviço essencial no pior momento da crise sanitária é desconsiderar o verdadeiro valor da educação e da vida.

A mobilização continuará pelo arquivamento deste projeto de lei.

“Foi muito positivo. Mesmo sendo um ato simbólico, foi muito expressivo. Apresentamos cartazes e faixas. Foi um ato simbólico. Marcou a posição da nossa luta e efetivamente apresentamos o que a gente acredita. E funcionou porque eles tiraram de pauta. Vamos observar se eles vão se articular novamente. Ainda não desistiram. Vamos prestar atenção. Vamos estar a postos para responder”, contou Gerson Dudus, diretor do Sinpro Macaé e Região.

Por Bruno Pirozi, do Sinpro Macaé e Região

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