ONU solicita US$ 705 milhões para ajudar a Palestina
O vice-primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, e o coordenador humanitário da ONU nesse território árabe ocupado por Israel, James Rawley, anunciaram o Plano de Resposta Estratégica do ano em curso, que inclui 207 projetos.
De acordo com a iniciativa, 13 agências das Nações Unidas e 64 entidades não governamentais dedicarão 80% dos recursos para prover refúgio, serviços básicos e meios de subsistência às pessoas necessitadas.
A maior parte dos fundos terá como destino a bloqueada Gaza, território devastado por três agressões israelenses nos últimos cinco anos, a mais recente delas no verão passado, quando Telavive lançou 51 dias de bombardeios, com um saldo de 2.100 mortos, 10 mil feridos e dezenas de milhares de moradias danificadas ou destruídas.
Em um comunicado conjunto, Mustafa advertiu que os últimos meses foram os mais sombrios da história para os palestinos.
A situação em Gaza é crítica, sobretudo depois dos bombardeios de julho e agosto, enquanto a Cisjordânia e Jerusalém Oriental também enfrentam um complexo cenário político, econômico e fiscal, precisou.
Por sua vez, Rawley lamentou que na Faixa ao menos 100 mil seres humanos não puderam regressar a suas casas como resultado do impacto da agressão de Israel e, na Cisjordânia, outros milhares vivem sob o permanente perigo de ficarem deslocados.
Telavive mantém na Cisjordânia sua campanha de colonização mediante novos assentamentos judeus e a demolição de moradias palestinas, apesar da rejeição a essas práticas pela ONU e pela comunidade internacional, que as declararam ilegais.
O coordenador instou aos doadores a responder ao pedido de recursos, para evitar o sofrimento de centenas de milhares de pessoas.