Sinproep-DF assina Convenção Coletiva 2019/2021 do reajuste salarial da Educação Básica

Dentro de uma conjuntura difícil para os trabalhadores, alguns fatores importantes influenciaram nas negociações deste ano e criaram dificuldades na nossa estratégia de avançar em novas conquistas, ou até mesmo de buscar um reajuste com ganho real para a categoria.

A Reforma Trabalhista e a Medida Provisória 873/2019, que vieram com o objetivo de retirar direitos e precarizar as relações de trabalho e dar condições para os empregadores imporem uma agenda rebaixada com a retirada de conquistas importantes conseguidas até aqui.

Assim, os donos de escolas estabeleceram uma queda-de-braço, buscando estender ao máximo as negociações, porque sabiam que com o fim da Ultratividade, (instrumento que prorrogava automaticamente a convenção até a sua renovação), o tempo jogava contra nós e, nos pressionava a aceitar propostas em condições inferiores as pretendidas.

Nesse cenário pantanoso e adverso é que ocorreram as negociações deste ano. A política econômica do governo, a partir de índices inflacionários manipulados, embora nos últimos três meses tenham fugido da meta de arrocho, têm servido de motivos para os empregadores estabelecerem uma blindagem nos reajustes salariais, sob a desculpa de que os índices dos últimos meses foram inesperados e trouxeram problemas para o planejamento das escolas.

Diante desse quadro, a nossa mobilização foi fundamental, para que pudéssemos enfrentar esse momento adverso e lutar para manter o que conquistamos até aqui, mesmo que não fosse possível avançar em novas conquistas.

No início das negociações os donos das escolas ofereceram uma contraproposta com reajuste salarial abaixo do INPC pleno e queriam retirar a Bolsa de Estudos; a Estabilidade Provisória; os recessos do meio e do fim do ano, além de não aceitarem a obrigatoriedade da homologação das rescisões no sindicato, o momento em que as contas são conferidas e se for constatada alguma divergência, o homologador fará as ressalvas do que não estiver de acordo na rescisão, o que vai permitir ao docente receber as diferenças posteriormente. O importante é que a nossa unidade e mobilização, não permitiram nenhum retrocesso nas nossas conquistas.Nesses tempos de tormenta, temos que seguir a canção popular: “faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar”.

Do Sinproep-DF

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